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Leituras

divulgação de livros; comentário de obras lidas; opiniões; literatura portuguesa; literatura estrangeira

Leituras

divulgação de livros; comentário de obras lidas; opiniões; literatura portuguesa; literatura estrangeira

William Beckford (1 de Outubro de 1760-2 de Maio de 1844)  foi um aristocrata inglês, romancista e crítico de arte.

É, contudo, mais conhecido entre nós pelos textos que escreveu sobre as suas viagens, das quais se destaca “Diário de William Beckford em Portugal e Espanha”, publicado em 1835 e “Alcobaça e Batalha – Recordações de Viagem”, repletas de descrições brilhantes, de cenas e costumes de Portugal do último quartel do século XVIII.

Chegou a Lisboa no dia 24 de Março de 1787.

Viveu em Sintra e Lisboa e foi muito popular entre a nobreza portuguesa da época.

Em Sintra arrendou a propriedade de Monserrate desde 1794 até 1808, realizando obras no palácio e começando a criar aí um jardim paisagístico.

 

Eis um exemplo interessante das suas impressões sobre Portugal:

 

João Gaspar Simões é autor da tradução e notas da obra, publicada em 3ª edição em 2009 pela Biblioteca Nacional(BECKFORD, William, 1760-1844. Introd. e notas Boyd Alexander; trad. e pref. João Gaspar Simões. 3.ª ed., reimp. Lisboa: Biblioteca Nacional de Portugal, 2009. 230 p.)


 

Gonçalo Cadilhe, Encontros Marcados, Clube do Autor, julho de 2011, 153 páginas.

 

O último livro do ano. Comprado no dia 31 de Dezembro de 2011, lido no dia 1 de janeiro de 2012.

 

Neste livro, Gonçalo Cadilhe reúne um conjunto de textos que foi publicando em revistas.

Fala-nos das suas viagens, de encontros marcantes, de momentos que só mais tarde percebeu como foram importantes na sua vida: pessoas, locais, canções, filmes, realização de sonhos...

Fala-nos de África, da América Latina, da distante Austrália, da América dos estados unidos, da Europa, da sua terra natal, a Figueira da Foz.

“Acredito no destino, mas só depois de ele ter acontecido. Não sou fatalista, sou integrista: tento integrar cada um desses encontros dentro de um significado mais amplo e fecundo.”

Um livro que nos transporta para longínquos locais, que  nos faz esquecer as agruras do quotidiano, que nos leva a sonhar.

 

Luís Sepúlveda, A sombra do que fomos, Porto Editora, 2009, 160 páginas.

 

Mais uma vez Sepúlveda recorda os tempos conturbados da sua pátria, o Chile, as lutas pela liberdade e a ditadura de Pinochet. 

Quatro amigos, velhos revolucionários, militantes de esquerda, recordam os tempos de clandestinidade, os tempos de exílio, os amigos desaparecidos e a derrota dos seus ideais. 

Reencontram-se passados anos, lembram a breve glória de Allende e a vitória de Pinochet com todas as suas consequências para os antigos revolucionários. E é num país agora adormecido que eles procuram reactivar a sua actividade passada, embora já nada seja igual.

Pelo meio há uma história algo rocambolesca, uma morte, uma desavença conjugal e uma investigação policial.

Um exemplo de amizade, de fidelidade aos ideais, de como sobreviver no meio da adversidade.